Se o ano está difícil, invista. A cooperativa Comigo, de Rio Verde (GO), adotou essa estratégia para pelo menos manter o volume de negócios previstos para a Tecnoshow, exposição agropecuária que organiza desde 2002 e que se tornou o maior evento do gênero na região Centro-Oeste – e uma das principais do País.
A feira começa nesta segunda-feira, dia 8, e vai até a próxima sexta-feira, dia 12. Segundo o presidente do Conselho Administrativo da Comigo, Antonio Chavaglia, a expectativa para a feira de 2024 é repetir o volume de negócios registrado em 2023.
“Todos os espaços foram preenchidos. No ano passado, com 650 expositores e mais de 138 mil participantes, contabilizamos R$ 11 bilhões em negócios. Devemos manter esses números em 2024”, afirma Chavaglia.
Realizada no Centro Tecnológico da Comigo, em Rio Verde, a edição deste ano ocupará um espaço maior dentro dos 130 hectares da propriedade. Segundo o diretor de Insumos e coordenador geral da feira, Claudio Teoro, afirma que houve avanços em relação a 2023 com ampliação de pavilhões e novos espaços construídos.
A área de exposição de máquinas, sempre um dos destaques em eventos do gênero, ganhou mais 6 mil hectares para estandes.
Teoro cita ainda a criação de espaços como a Boutique Tecnoshow, a Comigo Florestal e o Pavilhão de Agricultura Familiar. Foram investidos R$ 500 mil em melhorias, segundo Teoro.
A pecuária terá uma atenção especial na feira em 2024, com exposição de cerca de mil animais, entre equinos, muares, bovinos de corte e de leite, ovinos, peixes e cães, a maioria para serem comercializados.
A feira, assim, reflete com mais clareza a diversidade produtiva da região onde está inserida. A Comigo, um colosso com receita anual superior a R$ 13 bilhões, atua primordialmente com grãos como soja e milho.
Ela cresceu de forma acelerada nos últimos anos, com investimentos vultosos como o novo armazém de armazenagem de grãos com capacidade de 3,3 milhões de toneladas, que custou R$ 150 milhões e foi inaugurado em fevereiro passado no município de Mineiros.
O sudoeste goiano avançou graças à industrialização. A alta produtividade dos agricultores locais atraiu para lá empresas de alimentos, além da produção de aves e confinamentos de gado, que utilizam os grãos nas rações dos animais.
Com isso, Rio Verde ganhou destaque econômico – hoje está entre os 100 maiores PIBs do Brasil. E a Tecnoshow passou a ser uma das principais vitrines para que as empresas do setor – e mesmo de outras áreas – exponham suas inovações.