A Raízen é considerada grau de investimento pelas três principais agências avaliadoras de risco de crédito – com notas, aliás, melhores que as do próprio Brasil. Sua capacidade de captar recursos baratos, no mercado global, é uma vantagem competitiva. A empresa explorou essa vantagem ao emitir títulos de dívida hoje, pela segunda vez em 2024.

A Raízen está captando US$ 1 bilhão em títulos de dívida verdes (green notes) com vencimento em janeiro de 2035 e taxa de juros de 5,70% ao ano. A emissão é feita pela subsidiária Raízen Fuels Finance e as green notes serão garantidas pela Raízen e pela Raízen Energia. A conclusão da operação é esperada para o dia 17 de setembro.

Segundo o comunicado feito à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), “os recursos líquidos captados por meio da emissão serão destinados para a liquidação de determinadas dívidas da companhia, gestão ordinária de seus negócios e realização de investimentos em projetos e ativos selecionados de acordo com o Green Financing Framework da companhia. O rating da oferta seguiu a mesma avaliação da Raízen (BBB pela Fitch e S&P), com grau de investimento”.

Com a operação, a Raízen aproveitou uma janela de oportunidade. Na semana passada, Petrobras e Eletrobras, outras duas gigantes de energia brasileiras com boa avaliação de crédito, também captaram recursos no exterior.

Em fevereiro, a Raízen já havia captado US$ 1,5 bilhão no exterior. Daquela vez, foram duas emissões simultâneas. Uma de US$ 1 bilhão, com taxa de juros de 2,2% e prazo de vencimento de 10 anos, e outra de US$ 500 milhões, com 2,65% de juros e prazo de 30 anos.