O conselho de administração da JBS aprovou, em sua última reunião, a emissão de até R$ 1,8 bilhão em debêntures. O valor mínimo para essa emissão, segundo a empresa, é de R$ 500 milhões – o valor final pode ser reduzido, conforme a demanda do mercado.
A ata da reunião foi publicada nesta segunda (28) na CVM. O documento aponta que o objetivo desta emissão de dívida, que é a décima do tipo no frigorífico, pretende adquirir animais e produtos produtos in natura e insumos para “beneficiamento ou industrialização do gado bovino”.
Além disso, todo e qualquer custo que envolve a cadeia produtiva pode ser contemplado com o dinheiro arrecadado.
Em relação a isso, a JBS cita “exportação, intermediação, armazenagem e transporte dos produtos, subprodutos e derivados de tal processo produtivo”.
A emissão terá até cinco séries e será lastreada em CRAs. Serão oferecidas 1,8 milhão de debêntures, com cada título valorado a R$ 1 mil para os investidores.
O vencimento da operação é de cinco anos a partir da data da emissão, que ainda será definida.
Considerando o fechamento do preço do boi gordo, segundo a cotação da Esalq/B3 da última sexta (25), que era de R$ 199 por arroba, a líder global do setor de proteínas conseguiria, caso a emissão atinja o valor total de R$ 1,8 bilhão, adquirir algo em torno de 9 milhões de arrobas - equivalente a 135 mil toneladas de boi, com os R$ 1,8 bilhão.
Tendo como base o peso médio dos bois para abate no Brasil – que ficou em 17,9 arrobas, ou 270 quilos, em 2022, segundo o IBGE – com esses recursos seria possível adquirir cerca de 490 mil bois.