O Grupo Safras, com sede em Sorriso (MT), anunciou nesta terça-feira, 5 de dezembro, que concluiu a aquisição das operações da paranaense Copagri, que atua na exportação de grãos. A transação pode acrescentar mais R$ 2,5 bilhões de faturamento na conta do grupo e elevar esse montante para R$ 7 bilhões.

Em 2022, o faturamento da Copagri foi de R$ 2,3 bilhões. Paranaense, a empresa atua também em Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso. Nesse último, investiu em uma planta industrial localizada em Cuiabá que deverá processar mais de 700 mil toneladas de soja a partir de 2024.

Ao todo, a Copagri tem capacidade de processamento de 1,2 mil toneladas de soja por dia, além de conseguir produzir 240 toneladas de óleo e 910 toneladas de farelo de soja no mesmo intervalo.

Em comunicado oficial, o CEO do Safras, Pedro de Moraes Filho, ressaltou que a aquisição proporciona uma série de sinergias que, através de aumento de eficiência e economia, trarão um crescimento de lucratividade substancial.

“Sabemos que os efeitos práticos serão sentidos mais para o próximo ano, mas algumas medidas já se mostraram bastante positivas”, disse. Ele também destacou que o ativo adquirido tem uma capacidade de crescimento interessante, principalmente no setor de biocombustíveis, e que a junção da expertise do grupo com o que já existe de estrutura da Copagri pode fazer os números do grupo crescerem.

“Pretendemos investir em novos armazéns e na planta de biodiesel”, destacou o CEO.
O Grupo Safras é composto pelas empresas Safras Armazéns Gerais, Safras Biocombustível, Safras Agropecuária, Nutri Agroindústria, Álcool Patriota e RD Rossato, dedicadas à armazenagem e comercialização de grãos, além de venda de insumos agrícolas e produção de etanol a partir de milho.

Agora, com a Copagri, soma aos negócios o processamento de soja e trading, através da Safras Agroindustrial, que é como serão chamadas as operações da empresa adquirida.

De acordo com a compradora, os R$ 7 bilhões projetados em receita do grupo devem ganhar esse impulso através das “operações de agregação de valor através de logística e adição de outras etapas da cadeia da soja e milho”.