Dona da única usina produtora de açúcar e etanol do semiárido da Bahia, a Agrovale, de Juazeiro, vai emitir R$ 120 milhões em debêntures, segundo documento protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no começo da noite nesta sexta-feira, dia 25 de julho,
Os recursos captados com os títulos serão usados para reembolsar investimento de R$ 121,1 milhões feito pela Agrovale com a modernização, adaptação e ampliação da planta industrial da usina da empresa, voltada à produção de etanol anidro e hidratado.
“As intervenções de adequação, modernização e ampliação da planta industrial da Usina Agrovale resultarão em um aumento significativo na capacidade de produção de etanol do grupo. Com os investimentos a expectativa é de que na safra atual registre um crescimento expressivo em relação ao ciclo anterior”, diz a empresa no documento protocolado na CVM.
De acordo com informações do site do Governo da Bahia, a fábrica deve atingir uma moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana neste ano.
A Agrovale agora pretende reembolsar o valor com as debêntures emitidas no mercado, cuja emissão foi viabilizada após o Ministério de Minas e Energia enquadrar o projeto como prioritário, diz a Agrovale.
A operação foi feita em conjunto com o banco Bocom BBM, coordenador líder da emissão, e o Santander. A oferta é direcionada apenas aos investidores profissionais, que são aqueles que têm mais de R$ 10 milhões investidos.
O documento divulgado pela Agrovale na CVM não informou a remuneração das debêntures. Cada título tem valor de R$ 1 mil.
A empresa já havia feito outras emissões de debêntures no passado. A última oferta foi há pouco mais de um ano, em maio do ano passado, quando a empresa emitiu R$ 50 milhões em títulos.
Resumo
- A Agrovale, produtora de açúcar e etanol do semiárido baiano, emitiu R$ 120 milhões em debêntures para reembolsar investimentos feitos na modernização e ampliação de sua planta industrial em Juazeiro
- A emissão, realizada com apoio do Bocom BBM e do Santander, foi viabilizada após o projeto ser enquadrado como prioritário pelo Ministério de Minas e Energia