Menos de dois anos depois do primeiro cheque, o Agroven, clube de investimentos formado por uma rede de empresários e famílias do agronegócio, finalizou um segundo aporte na Solusolo empresa que atua no segmento de insumos biológicos para recuperação do solo e tem sede em Varginha, no Sul de Minas Gerais.

Na primeira rodada, em maio de 2023, o grupo liderou um investimento de R$ 2 milhões, que contou com a participação de corporações do setor como Cooxupé, Ubyfol e Nater Coop.

Agora, o aporte será de R$ 4,8 milhões e, desta vez, o Agroven estará acompanhado de outros fundos e de Victor Nehmi, gestor da Sparta Investimentos e sócio da YesSinergy Agroindustrial, com amplo conhecimentoedor de empresas de biotecnologia.

Nehmi, que investe tanto como membro do clube como de forma direta, passa, assim, a ser o principal investidor na startup.

“A Solusolo vem demonstrando um crescimento sólido e uma capacidade de execução excepcional”, afirma Silvio Passos, presidente do conselho de administração do Agroven, ao explicar a decisão de ampliar o investimento na empresa.

“Além disso, seu portfólio está alinhado com o foco da rede em soluções e práticas cada vez mais sustentáveis no setor”

A expansão da empresa – que aposta em um insumo batizado de Kaizen TMT e é descrito por ela como “o único recuperador da saúde do solo fabricado no Brasil” – segue o ritmo do crescimento da agricultura regenerativa no Brasil.

Nos últimos dois anos, a Solusolo registrou uma ampliação de 260% nos seus negócios. A receita chegou a R$ 6,5 milhões em 2024, contra R$ 2 milhões no ano anterior e a rede de revendas que comercializa o produto saltou de 38 para 145 unidades em todo o País.

Agora, a empresa deve usar o novo aporte será na construção de uma nova planta com capacidade de produção de 6,5 milhões de litros por ano, o que permitira ampliar significativamente sua atuação.

“Estamos entrando em um novo ciclo de crescimento com a expansão que contempla, no biênio 2025/2026, o lançamento de bioinsumos de terceira geração, baseados na aplicação de metabólitos residuais em substituição à aplicação direta de microrganismos, um diferencial competitivo significativo”, destaca Diro Hokari, CEO e fundador da Solusolo, em nota.

O Agroven conta atualmente com mais de 300 participantes, divididos em grupos formados em diferentes regiões. O primeiro núcleo foi formado por produtores rurais e empresários em Uberlândia (MG). Depois, foi agregando novos nomes, sempre ligados ao agronegócio.

Entre as agtechs que já receberam aportes pela AgroVen estão a iRancho, que posteriormente recebeu investimento de R$ 7,2 milhões do Banco do Brasil, e a BemAgro, que em fevereiro do ano passado fechou uma rodada liderada pela gigante norte-americana CNH, com captação de R$ 10,2 milhões.