A Klabin vai investi R$ 1,66 bilhão até 2027 no projeto de modernização da unidade de Monte Alegre, localizada no município de Telêmaco Borba, no Paraná, com a instalação de uma nova caldeira de recuperação. O início das operações da caldeira está previsto para o quarto trimestre de 2026.
Segundo a Klabin, o montante considera uma cotação média do euro em R$ 5,82 e 25% do capex exposto a variação cambial. O investimento ainda inclui cerca de R$ 180 milhões de impostos recuperáveis.
Em fato relevante publicado nesta quarta-feira (26), a companhia explica que a caldeira terá tecnologia de ponta e capacidade semelhante à atual, que será descontinuada. O equipamento é responsável pela recuperação dos químicos utilizados no cozimento da madeira e pela produção de vapor a partir do processamento do licor negro.
A unidade de Monte Alegre é a maior produtora de papel-cartão do país. O projeto de modernização resultará em maior eficiência, competitividade e sustentabilidade. Como também na redução da emissão de gases de efeito estufa, dentro dos objetivos da empresa de desenvolvimento sustentável.
O investimento foi aprovado nesta quarta-feira, 26 de junho, pelo Conselho de Administração, mas já constava de um compromisso assumido pela direção da companhia.
No fim do ano passado, a Klabin anunciou que aplicaria R$ 4,5 bilhões em 2024 em suas operações. Desse total, estava previsto um investimento de R$ 300 milhões em obras preparatórias na nova caldeira da unidade de Monte Alegre.
À época, em entrevista ao AgFeed, o CFO da companhia, Marcos Ivo, disse que a perspectiva era de investimento total de R$ 1,8 bilhão nos próximos anos no negócio em Monte Alegre.
"Temos uma visão madura da necessidade de substituir a caldeira atual por uma nova, de mesma capacidade. Devemos submeter o projeto final para o conselho aprovar em 2024", relatou.
Além dos investimentos no Paraná, a Klabin anunciou que o valor total seria dividido em R$ 1,3 bilhão para continuidade operacional e em R$ 1,1 bilhão para a compra de “madeira em pé”.