Depois de um período no vermelho, o ano de 2025 vem sendo marcado por uma retomada na Hidrovias do Brasil.
Em meio a uma movimentação do grupo Ultra em reorganizar a empresa e um aumento de capital de R$ 1,2 bilhão, a Hidrovias do Brasil reverteu um prejuízo de R$ 63 milhões visto de abril a junho de 2024 em um lucro de R$ 81 milhões, no segundo trimestre deste ano.
A empresa viu sua receita líquida avançar 31% em um ano, e bater R$ 684 milhões no período. A companhia divulgou seus resultados na noite desta segunda-feira, 11 de agosto.
“Registramos um trimestre com resultados recordes, sustentado por um Corredor Sul com manutenção das condições de navegação ao longo do rio Paraná-Paraguai, com destaque para o aumento no volume de minério de ferro movimentado no período. No Corredor Norte fomos beneficiados pelo ajuste tarifário positivo”, disse a empresa no balanço.
No ano passado, a empresa passou por uma série de movimentos para melhorar a navegabilidade em suas rotas, que estão dando resultado em 2025.
Ao longo do trimestre, a empresa transportou 4,92 milhões de toneladas de produtos, sendo 2,2 milhões do Corredor Norte, que envolve os portos do chamado Arco Norte e 1,4 milhão do Corredor Sul, que engloba a hidrovia Paraná-Paraguai.
O restante se dividiu entre navegação costeira (872 mil toneladas) e Porto de Santos (431 mil toneladas).
A operação no Corredor Norte foi 7% maior em um ano, com quase 2 milhões de toneladas de grãos e 144 mil toneladas de fertilizantes. A receita operacional dessa vertical somou R$ 307 milhões.
No Corredor Sul, houve avanço de 40% no volume transportado, com 200 mil toneladas nos grãos, 106 mil toneladas do transporte de fertilizantes e 1 milhão de toneladas de minério de ferro.
No trimestre, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado recorrente atingiu R$ 298 milhões, número 50% maior em um ano.
A empresa ainda informou que concluiu o aumento de capital de R$ 1,2 bilhão, com entrada de R$ 700 milhões em caixa ao longo do segundo trimestre, e a realização de controle originário pela Ultrapar. “Isso fortalece a estrutura de capital e viabiliza novos investimentos estratégicos no Corredor Norte”, diz a Hidrovias do Brasil em seu balanço. O caixa encerrou junho em R$ 1,12 bilhão.
Por conta desse reforço no caixa, a dívida líquida da Hidrovias encerrou o trimestre em R$ 3,05 bilhões, uma redução de 22% em um ano.
Resumo
- A Hidrovias do Brasil reverteu prejuízo de R$ 63 milhões no 2º tri de 2024 para lucro de R$ 81 milhões em 2025, com receita líquida recorde de R$ 684 milhões, alta de 31%
- O volume transportado cresceu no Corredor Sul (+40%) e no Corredor Norte (+7%), impulsionado por grãos, fertilizantes e minério de ferro
- A empresa concluiu aumento de capital de R$ 1,2 bilhão, com aporte de R$ 700 milhões em caixa pelo grupo Ultra, reduzindo a dívida líquida em 22%, para R$ 3,05 bilhões