O grupo Agronorte, com sede em Tocantinópolis, no Tocantins, além de atuação em 11 estados, vai investir R$ 135 milhões em um projeto de expansão.
A empresa é uma das maiores do mercado de alimentação animal nas regiões Norte e Nordeste, e anunciou a construção de uma nova fábrica de rações e mais dois armazéns.
O anúncio foi feito nesta sexta-feira durante a edição deste ano da Agrotins (Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins), realizada em Palmas, capital do estado.
A nova fábrica terá sede em Gurupi-TO, e produzirá alimentos para peixes, pets, bovinos (corte e leite), aves, suínos e equinos. Os armazéns ficarão em Açailândia, no Maranhão, e em Bom Jesus, no Tocantins.
Segundo Vinicius Carvalho, diretor da Agronorte, o dinheiro para os investimentos foi buscado com agentes do sistema financeiro. Para a nova fábrica de ração, foi feita uma captação com o BASA (Banco da Amazônia). Na armazenagem, a empresa captou com o Sicredi e com o Bradesco.
Atualmente, a Agronorte conta com uma fábrica de rações em Tocantinópolis, que produz cerca de 100 mil toneladas por ano. Além disso, a empresa possui um armazém em Pedro Afonso-TO. A expectativa é que juntos, os três armazéns tenham uma capacidade estática de 70 mil toneladas de soja e milho.
O armazém em Açailândia já está em operação desde o final de 2023. Em agosto a Agronorte inicia a construção da unidade de Bom Jesus. O novo armazém deve ficar pronto em janeiro de 2025, e a fábrica, no final do ano que vem.
“Já iniciamos a construção da fábrica de Gurupi, que terá capacidade inicial de 180 mil toneladas de rações por ano, volume que será três vezes maior quando o projeto estiver concluído”, afirmou Carvalho.
Segundo o diretor da empresa, as regiões Norte e Nordeste têm aumentado a produção de animais, justificando o investimento em novas unidades para dar conta dessa nova demanda.
“Da mesma forma que a produção animal, a oferta de soja e milho nos estados do Norte e Nordeste cresce ano após ano e a estrutura de armazenagem atual não atende às necessidades. Além disso, temos planos de intensificar a operação de barter e exportação de grãos na região, oferecendo uma opção a mais para os agricultores”, explicou.
Além do negócio de ração animal, a Agronorte também possui fazendas de pecuária (cria e recria), piscicultura, logística, armazenagem e trading de milho e soja (mercados interno e exportação), revendas de produtos agropecuários e até um posto de combustível.
De acordo com o diretor da Agronorte, 60% do faturamento da empresa está no negócio de trading. Dentro do negócio de nutrição animal, segundo mais relevante dentro do mix, o principal mercado é o de peixes. “Somos quase especialistas em monogástricos”.
Na pecuária, ele estima que atualmente a Agronorte conta com 7 mil animais, com uma venda média de 4,5 mil cabeças de gado por ano.
No mercado de peixe, a empresa vende 900 toneladas de tambaqui anualmente. O diretor ainda revelou que a empresa vai entrar no mercado de tilápia a partir de agosto.