Cascavel (PR) - Criada há 40 anos por um grupo de empreendedores de melhoramento vegetal da Argentina, a GDM deu um passo importante,em agosto passado, ao comprar a KWS para ampliar sua participação na América do Sul.
Nesta segunda-feira, 10 de fevereiro, a companhia apresentou a Supra, que pretende ser sua marca de sementes no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e ampliar as vendas em até 30%.
Para atingir o objetivo, a GDM - que pretende ampliar para R$ 1 bilhão os investimentos em pesquisa nos próximos cinco anos, ante R$ 600 milhões no período anterior - investirá pesado no milho.
A cultura tem o Brasil como um dos maiores produtores globais e cujo consumo cresce na esteira da produção de etanol e no avanço das áreas de soja.
“O compromisso com o Brasil é fundamental para o crescimento, pois tem uma capacidade de expansão como não tem em outro lugar do mundo”, disse Santiago De Stefano, diretor Global de Negócios da GDM.
“Faremos os esforços e os investimentos para que o produtor nos escolha, como fizemos com a soja e queremos ganhar essa partida”, completou.
Uma das líderes globais em produção de sementes de soja e presente em 15 países, a GDM começou no milho ainda na Argentina, em 2018, quando a empresa, segundo De Stefano, decidiu colocar a cultura como um dos objetivos, até a aquisição da KWS.
“Foi uma oportunidade única, porque a KWS é uma empresa focada no melhoramento e um olhar de longo prazo”, afirmou o diretor Global de Negócios da GDM.
A nova marca começa a substituir duas variedades de milho híbrido, comercializados pela KWS, além das linhas de soja e sorgo. As duas variedades são apresentadas no Show Rural Coopavel, aberto hoje em Cascavel (PR).
Pela estratégia apresentada hoje, a Supra será a marca da companhia nos quatro países membros do Mercosul. A marca Donmario, de sementes de soja e milho e de propriedade da GDM, segue no mercado.
Marcelo Salles, líder de negócios Milho Brasil da GDM, explicou que o nome Supra significa “estar além” e “prosperar” e está dentro do perfil da companhia de avançar no Brasil. “O portfólio da empresa não muda, apenas a marca KWS que vai ser substituída”, explicou.
Segundo Salles, o clima é de otimismo para os primeiros cultivos dos produtos da Supra, pois há a perspectiva de recuperação do milho safrinha e uma tendência de longo prazo de crescimento da cultura,
“Quando você trabalha com melhoramento vegetal, olha no longo prazo e a tendência é de crescimento porque a soja também cresce”, afirmou o executivo.