A Suno Asset, gestora de recursos do Grupo Suno, iniciou a terceira emissão de cotas do seu Fiagro SNAG11, que conta atualmente com cerca de 50 mil cotistas.

A ideia do follow on é captar, no mínimo, R$ 160 milhões. Se houver demanda, a gestora pode colocar no mercado um lote adicional de R$ 40 milhões, fazendo o aumento chegar a R$ 200 milhões.

O fundo foi listado em agosto de 2022 e, três meses depois, já fez sua segunda emissão, na qual captou mais R$ 150 milhões e atingiu o tamanho atual, de R$ 300 milhões em patrimônio.

Se todas as novas cotas da terceira emissão forem adquiridas, o patrimônio do SNAG11 pode chegar a R$ 460 milhões.

Segundo a B3, o patrimônio líquido de todos os Fiagros listados alcançou R$ 13,8 bilhões em julho, uma evolução de 165% na comparação com o mesmo momento do ano passado.

As novas cotas sairão ao mercado por R$ 10,08 cada e poderão ser adquiridas entre o primeiro e o 15º dia de setembro.

Nesta quinta-feira (24), as cotas desse fiagro eram cotadas por volta de R$ 10,30. Até julho deste ano, as cotas estavam na faixa dos R$ 100, mas foram desdobradas em dez partes. Na avaliação da gestora, isso deu mais acessibilidade aos investidores pessoa física.

Atualmente o SNAG11 possui três ativos em seu portfólio, majoritariamente ligados à soja. Uma pessoa ligada à gestora disse ao AgFeed que a ideia do follow on é de diversificar o Fiagro tanto em culturas quanto em localidades, num movimento de fortalecer o fundo.

Em comunicado oficial, a Suno afirmou que, com o follow on, a empresa “diversifica ainda mais a carteira, tendo a possibilidade de investir em um pipeline de nove ativos de sete setores: leite, café, proteína animal, papéis especiais, piscicultura, máquinas e equipamentos agrícolas e etanol”.

“Esse Fiagro é o terceiro maior em número de cotistas, mesmo não sendo o maior pagador de dividendos. Isso mostra uma confiança dos investidores no fundo, que investe mais pela confiança na gestão do que pelo yield”, disse a fonte ligada à gestora.

Atualmente, a remuneração média para os cotistas é de CDI + 3% ao ano. Na prática, os cotistas têm recebido R$ 0,12 por cota ao mês.

Com a nova emissão, a rentabilidade deve ir para algo em torno do CDI + 3,54% ao ano. O dividend yield, ou seja, o rendimento dos dividendos, deve ficar em 15,23% ao ano.

De acordo com o boletim mensal de Fiagros de julho da B3, o SNAG11 foi o quinto fundo mais negociado da Bolsa no período, com um volume médio negociado de R$ 1,2 milhão por dia.