Um dos programas pioneiros de aceleração de agtechs no Brasil, o AgroStart, da Basf, vai ganhar contornos globais. A expansão começou no ano passado, com a chegada à América do Norte, e deve se acelerar a partir desse ano, a partir de Europa e Ásia.
“As propriedades podem ter porteiras, mas na prática nosso mercado não tem fronteiras” afirma Mirella Lisboa, gerente de Inovação Aberta da plataforma. “Podemos unir esforços para a busca de soluções para desafios comuns em várias regiões do mundo”.
A globalização é um dos objetivos assumidos por Mirella, que acaba de assumir o posto no AgroStart. Em cerca de sete anos, passaram pelo AgroStart mais de 600 startups, para a cocriação de soluções e serviços de agricultura digital.
No decorrer dos anos, com a ampliação das atividades, o programa de aceleração se tornou a plataforma de inovação aberta da empresa.
A meta agora é unir esforços com empresas e startups para desenvolver soluções para desafios comuns em diferentes regiões do mundo. “Empresas e startups de outros países podem contribuir com o agro brasileiro e vice-versa”, diz.
Da mesma forma, com a expansão da plataforma para outras regiões, será possível oferecer aos empreendedores brasileiros novos horizontes para expandir seus negócios globalmente.
“Através da co-criação geraremos novas parcerias e modelos de negócios com escala ainda maior”, diz Mirella.
Com experiência em projetos inovação, Mirella foi cofundadora do ONONO, Centro de Experiências Científicas e Digitais da Basf e Head de Corporate Success e Inovação Aberta do Cubo Itaú.
Segundo Mirella, ao longo dos anos três pilares de atuação foram construídos no AgroStart: aceleração de startups, intraempreendedorismo através do Garagem AgroStart, e o Ecossistema AgroStart, para desenvolver parcerias com empresas de outros setores.
Entre as startups que passaram pelo programa estão a Tbit (que utiliza inteligência artificial em sistemas de análise e classificação de produtos agrícolas), a Arpac (para pulverização agrícola com drones), a Alluagro (plataforma para aluguel de máquinas e implementos agrícolas).
O momento é desafiador, segundo ela, mas também é a hora de se aplicar todo conhecimento adquirido nos últimos anos. Na visão da nova gerente, estabelecer novas interações e relações é fundamental para o presente e o futuro da inovação.
“Acreditamos que a nossa contribuição neste momento pode ser ainda mais relevante para criarmos conexões entre agricultores, empresas, startups e a nossa equipe Basf”.