Em meados de agosto, ao divulgar o balanço do segundo trimestre da AgroGalaxy, o CEO da empresa, Welles Pascoal foi categórico: “Agora estamos com a casa arrumada”, disse ao AgFeed, tentando mostrar confiança de que o inverno do setor estava se encerrando.
Um mês e meio depois, porém, um fato relevante publicado pela companhia aponta que a arrumação ainda continua – e que há serviço urgente a ser feito.
No documento, a AgroGalaxy informou ao mercado que o seu conselho de administração aprovou as condições e uma autorização para que seus diretores negociem o alongamento de dívidas de curto prazo da companhia, especificamente junto ao Banco do Brasil, Citibank e Santander.
A autorização é um dos trâmites que faltavam para a concretização das renegociações, já alinhadas com os bancos credores, mas ainda não assinadas. As condições do alongamento não foram reveladas.
O total da dívida, a ser liquidada em até três anos, é de R$ 839 milhões, cerca de 50% do endividamento informado no balanço do segundo trimestre de 2023.
Na ocasião, a companhia reportou dívidas de R$ 1,67 bilhão, o equivalente a 3,3 vezes o Ebitda ajustado. Isso representou um aumento de 30% em relação ao segundo trimestre do ano anterior, quando a dívida líquida, de R$ 1,2 bilhão representava 2,4 vezes o Ebitda.
“A companhia considera o alongamento um passo importante para equalização e melhoria da sua estrutura de capital”, destacou a empresa no documento publicado nesta quarta-feira, após o fechamento do mercado.