A gestão da Petrobras sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu mais um passo para executar o plano de voltar a produzir fertilizantes, negócio que tinha sido deixado de lado até 2022.
Seguindo o Plano Estratégico para o período entre 2024 e 2028, a Petrobras assinou nesta terça-feira, 9, de julho, um Master Agreement com a Yara Brasil Fertilizantes, a subsidiária local da multinacional norueguesa.
Apesar de ainda não ter caráter vinculante, ou seja, ainda não existir contratos assinados, a iniciativa é um segundo passo na direção do fechamento definitivo da parceria.
No dia 29 de fevereiro, as duas companhias fecharam um Memorando de Entendimentos (MOU, na sigla em inglês) para produção de fertilizantes e descarbonização desta produção.
As negociações sobre como vai funcionar a estrutura da parceria vão continuar. Na próxima fase, Petrobras e Yara vão finalizar as análises sobre as potenciais sinergias entre as duas operações, “com foco no aumento da eficiência no mercado local de fertilizantes e produtos industriais”, diz a companhia brasileira em comunicado.
Esta não é a única iniciativa da Petrobras para voltar a produzir fertilizantes. Em abril, a diretoria da estatal aprovou medidas para a retomada das operações da fábrica Araucária Nitrogenados (ANSA), no Paraná, que está paralisada desde 2020.
A ANSA tem capacidade para produzir até 720 mil toneladas de ureia e 475 mil toneladas de amônia por ano.
A diretoria da Petrobras aprovou a negociação para recontratar ex-funcionários da ANSA e o começo dos processos para contratar serviços e compra de materiais para o funcionamento da fábrica.
Em outra frente, a Petrobras tenta retomar as operações das fábricas de fertilizantes nitrogenados de Laranjeiras (SE) e Camaçari (BA), que foram arrendadas pela Unigel em 2020, segundo informações do jornal Valor Econômico.
A Unigel está em dificuldades financeiras, e deixou de pagar o gás natural fornecido pela Petrobras em um contrato de US$ 1 bilhão, pedindo inclusive um processo de arbitragem contra a estatal.