A Raízen informou na noite desta quarta-feira, 18 de outubro, que irá emitir R$ 1 bilhão em debêntures. Essa emissão, que é a nona do tipo da companhia, terá um valor unitário de R$ 1 mil para os investidores. O conselho de administração da empresa havia aprovado a emissão há algumas semanas.

Na escrituração da emissão, a Raízen informou que os recursos obtidos com essa captação bilionária serão destinados para arcar com gastos, custos e despesas futuras, bem como o reembolso de gastos que a empresa teve nos últimos dois anos.

Na prática, esse dinheiro deve ir, segundo a empresa, para diversos tipos de operações, investimentos e necessidades de financiamento relacionadas ao cultivo de cana-de-açúcar e na produção de etanol da cana.

Essas operações incluem a “comercialização, beneficiamento ou industrialização da matéria-prima e de produtos ou insumos agropecuários, despesas de construção de plantas industriais de etanol de segunda geração, a aquisição de máquinas e implementos utilizados na atividade agropecuária”, diz a empresa.

Antes dessa a última emissão de debêntures da Raízen havia ocorrido em agosto do ano passado. Na ocasião, foram captados R$ 2 bilhões.

O objetivo era o mesmo: destinar os recursos para atividades da empresa vinculadas ao agronegócio, em sua capacidade de produtora rural, investimentos para o cultivo de cana-de-açúcar, compra de produtos ou insumos agropecuários ou a aquisição de máquinas.

Na sétima emissão, que aconteceu em fevereiro de 2022, foram outros R$ 1,2 bilhão.

De acordo com a empresa, em documento oficial publicado na CVM, os títulos dessa nona emissão serão lastreados em CRAs, e terão três séries. O vencimento da primeira ocorrerá em sete anos.

Na primeira série, os investidores terão uma remuneração baseada na inflação, que no caso será pelo IPCA (índice de preços ao consumidor amplo), somado a 6% ao ano. Na segunda série, que vencerá daqui 10 anos, a remuneração é do IPCA mais 6,25% ao ano.

Por fim, a última série, que também vence em 10 anos, terá juros prefixados de 12,28% ao ano.

Quando anunciou a aprovação da emissão por parte do conselho, a Raízen destacou que o montante ainda poderia somar mais R$ 250 milhões em CRAs, caso houvesse demanda pelo lote adicional. No fim das contas, as debêntures ficaram em R$ 1 bilhão.