A Minerva anunciou nesta segunda-feira, 28 de agosto, um movimento importante para reforçar sua posição no mercado de carnes, especialmente no segmento de bovinos.

A companhia fechou a aquisição de unidades industriais e comerciais da Marfrig no Brasil, na Argentina e no Chile. Além disso, a controlada da Minerva, Athn Foods, vai comprar participação societária em empresas controladas pela Marfrig no Uruguai.

O valor total da operação é de R$ 7,5 bilhões. Como sinal, foram pagos R$ 1,5 bilhão pela Minerva, valor que não inclui as participações no Uruguai. Em Fato Relevante, a Minerva informou que os R$ 6 bilhões restantes serão financiados pelo banco norte-americano JPMorgan.

Depois que a operação estiver concluída, a Minerva passará a ter uma capacidade de abate de bovinos de 42.439 cabeças ao dia.

Deste total, o Brasil vai ser responsável por 22.336 cabeças, ou 52,6% do total, em 21 plantas. No Uruguai, a capacidade passará a ser de 4.550 cabeças de gado por dia, ou 10,7% do total, em seis plantas. Na Argentina, será de 5.978 animais ao dia, ou 14,1%, também em seis plantas.

A empresa tem ainda capacidade para abate de 8.025 cabeças por dia no Paraguai, e 1.550 cabeças/dia na Colômbia. O número total corresponde a uma expansão de 43,7% na capacidade de abate da Minerva, em 40 plantas.

A operação de ovinos da companhia passará a ser de 25.716 cabeças ao dia em cinco plantas, localizadas na Austrália e no Chile.

No Brasil, são três unidades no Rio Grande do Sul, duas em Mato Grosso do Sul, duas em Mato Grosso, duas em Goiás, uma no Pará e uma em Rondônia. O Centro de Distribuição fica no interior de São Paulo.

No Uruguai, fazem parte da operação as unidades de Salto, Colônia e San José. Na Argentina e no Chile, foram compradas as plantas de Villa Mercedes e Patagônia, respectivamente.

A empresa tem ainda capacidade de 8.025 cabeças por dia no Paraguai, e 1.550 cabeças/dia na Colômbia. O número total corresponde a uma expansão de 43,7% na capacidade de abate da Minerva, em 40 plantas.

A operação de ovinos da companhia passará a ser de 25.716 cabeças ao dia em cinco plantas, localizadas na Austrália e no Chile.

Em termos financeiros, a Minerva espera um ganho de 1,5 a 2 pontos percentuais na margem Ebitda nos próximos 18 meses. A empresa projeta também maior eficiência na compra de matéria-prima e em logística, melhora na distribuição e crescimento comercial global.

Em carne bovina, a companhia afirma ter a oportunidade de aumentar a produção dos atuais 1,2 milhão de toneladas para 2,6 milhões de toneladas.

Por outro lado, o endividamento total da companhia vai quase dobrar, passando de R$ 7,7 bilhões para R$ 13 bilhões. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida e Ebitda, deve cair de 2,7 vezes para 2,55 vezes, por conta do aumento do lucro operacional.

A margem Ebitda antes das sinergias esperadas deve ficar em 9,1%. Após a realização destas sinergias, a margem deve subir para perto de 10%.

Do lado da Marfrig, o objetivo da transação é aumentar o foco em produtos de maior valor agregado, especialmente em processados.

Com a operação, o faturamento com este tipo de produto passará de 19% do total para 34%, levando em conta os números de 2022.

A empresa também passa a ter mais unidades de processados que de abate. A relação, que era de 17 plantas de abate e 10 de processamento, passa a ser de 4 de abate e 10 para processados.

A Marfrig também projeta uma melhora na sua margem Ebitda, passando de 8,4% para mais de 10%.