A JBS, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, vai investir R$ 150 milhões para dobrar a capacidade de processamento e da força de trabalho de sua unidade Campo Grande 2, no Mato Grosso do Sul.
De acordo com a JBS, em anúncio feito pelo CEO global da empresa, Gilberto Tomazoni, a ideia é dobrar o número de animais processados por dia, que atualmente está em 2,2 mil animais para 4,4 mil. Ao mesmo tempo, os funcionários da unidade saltarão de 2,3 mil para 4,6 mil.
Com isso, a unidade tomará o posto de maior planta de carne bovina de toda América Latina e uma das três maiores da JBS no mundo.
A unidade, que produz diariamente 440 toneladas de carne e 136 toneladas de hambúrgueres, algo em torno de 2,4 milhões de unidades. A fábrica foi construída em 2007 e adquirida pela JBS em 2010.
O anúncio foi feito durante visita do presidente Lula à planta nesta sexta, 12 de abril, onde participou de evento que marcou o primeiro embarque de carne bovina dessa fábrica para a China. A unidade foi uma das 38 recém-habilitadas pelo governo chinês em março. Destas 38, foram 25 de carne bovina.
No evento, além de executivos da JBS, como os irmãos Joesley e Wsley Batista, e do presidente da República, participaram o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, a ministra das Mulheres, Aparecida Gonçalves e o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel.
“Essas 38 habilitações para a China significam um passo gigantesco para o agronegócio brasileiro. Significa crescimento, geração de emprego e renda. Para indústria, para o campo, para as pessoas, para o comércio, para cidades”, afirmou Gilberto Tomazoni.
Além da China, a fábrica da JBS está apta a exportar para os Estados Unidos, Argélia, Egito, Emirados Árabes Unidos, Argentina, União Europeia e Chile.
Antes dessa recente lista de habilitações, o Brasil contava com 106 plantas habilitadas para exportar ao país asiático. Agora são 144.
Só o Mato Grosso do Sul, que tinha três fábricas de proteína bovina habilitadas, agora possui nove unidades. Antes, apenas 11% de todo processamento bovino do estado acessava esse mercado, agora, são 70%, estimou Tomazoni.
A maior demanda na China, que é hoje o principal comprador de carne do Brasil, eleva a competição entre os frigoríficos brasileiros, já que alguns frigoríficos de menor porte agora também podem entrar no mercado. Essa dinâmica pode ter movimentado a JBS a investir na unidade.