Quando o assunto é futuro, o Essere Group, holding de insumos agrícolas com atuação no Brasil e no Paraguai, traçou um caminho ambicioso para os próximos anos.

A meta é atingir um faturamento de R$ 1 bilhão até 2026 e dobrar esse valor até 2030, chegando a R$ 2 bilhões.

Para isso, o grupo prevê o crescimento escalonado de receita: R$ 600 milhões este ano e R$ 800 milhões em 2025, além de manter no radar a pretensão de realizar um IPO (objetivo reavaliado constantemente).

Para atingir a meta, a expansão deve ser sustentada pelo lançamento de novos produtos, maior participação de mercado e “capacidade da empresa de identificar e resolver os problemas dos clientes”, conforme disse ao AgFeed o CEO do Essere Group, Antonio Carlos de Gissi Jr.

De acordo com o executivo, na comparação com o primeiro semestre do ano passado, a receita da holding cresceu 70% de janeiro a julho deste ano. Para Gissi, isso aponta que o grupo está no caminho certo.

“Devemos fechar agosto acima de 40% de crescimento. Quando se olha para o mercado de insumos, houve um recuo. E a gente está com um crescimento muito grande”, pontua.

O CEO lembra da sazonalidade do mercado, concentrando as grandes negociações no segundo semestre, mas ainda assim faz uma ressalva sobre atingir a meta de faturamento. “Isso não quer dizer que a gente feche”.

O grupo reúne quatro unidades de negócios: a Bionat Agro, de defensivos biológicos; a Loyder, de fertilizantes inteligentes NPK; a Floema Logística; e a Kimberlit Agrociências, de fertilizantes especiais.

Essa última é apontada como peça central do atual momento da holding. Com um faturamento projetado para este ano em R$ 300 milhões, a “empresa-mãe” do grupo, com 35 anos de atuação, representa metade do seu desempenho.

Localizada em Olímpia, interior de São Paulo, a companhia está situada em uma área de 210 mil metros quadrados e conta com uma fábrica de 15 mil metros quadrados. Mantém cerca de 250 colaboradores, representando ao redor de 50% de todos os funcionários do Essere Group.

O plano de faturamento da companhia para este ano está em mais de R$ 300 milhões, com uma sequência de expansão até chegar aos R$ 800 milhões em 2030. Segundo o CEO do grupo, mais de metade do faturamento da Kimberlit vem de produtos lançados nos últimos cinco anos, “o que demonstra o compromisso contínuo com a inovação”.

Além disso, a holding também vem investindo em infraestrutura. Neste caso, focado nas empresas mais jovens. A fábrica da Loyder começou a operar no segundo semestre de 2022 e, com investimento de R$ 30 milhões, a Bionat iniciou as operações em uma fábrica maior no ano passado.

Aproveitando a nova base e a já existente, o grupo planeja novos lançamentos, sempre focando em grandes culturas como soja, milho, algodão, café e citrus.

Até o final do ano são esperados entre seis e oito novos produtos, com um pipeline que inclui mais de trinta itens em desenvolvimento, que devem ser lançados entre 2025 e 2026.