O engenheiro agrônomo Rogério Castro era um dos sócios da DVA Brasil, de agroquímicos, quando em 2011 a empresa teve 51% das ações vendidas por US$ 150 milhões de dólares ao grupo indiano UPL que, na época, era destaque nos chamados defensivos genéricos ou "pós-patente".

Passados 12 anos, Castro seguiu como executivo no grupo indiano - ficou fora por dois anos, mas depois voltou - e é hoje o CEO da UPL Brasil, considerada a quarta maior entre as empresas de defensivos agrícolas e pronta para seguir avançando no ranking.

A UPL só divulga o faturamento global da empresa, que foi de US$ 6,7 bilhões no ano fiscal 2023 encerrado em março deste ano, um crescimento anual de 7%. Não são detalhados números financeiros por países, em separado.

Na época em que a UPL comprou a Arysta e deu um importante salto no mercado brasileiro, em 2019, os executivos estimavam que o Brasil representava um quinto do faturamento da “nova empresa".

Se essa lógica fosse aplicada para os dias atuais, o Brasil estaria faturando US$ 1,34 bilhão, valor 10 vezes maior do que a receita que tinha a antiga DVA.

O desafio, portanto, está lançado. Rogério Castro tem a missão de manter o ritmo de crescimento e apostar as fichas em mercados estratégicos que, no momento, é o setor de biológicos.

Na entrevista exclusiva que concedeu ao AgFeed, na sede da empresa, em Campinas, falou com entusiasmo sobre a expectativa de ampliar portfolio, parcerias e quem sabe até aquisições para seguir investindo de forma "desproporcional”, termo que usou várias vezes para tratar das chamadas "biossoluções".

Castro desenhou na parede as quatro “caixinhas” que estão ligadas diretamente à UPL Brasil. São as joint ventures Orígeo e Sinagro (com a Bunge), OpenAg Farm (fazenda que tem um fundo como sócio) e a Bioplanta, que teve o controle adquirido, em 2022, da chinesa Dakang.

O CEO contou que a unidade da Bioplanta em Lucas do Rio Verde (MT), que ainda tem produção pequena, será ampliada. E deu sinais de que parcerias devem ser fechadas para ampliar este portfolio, não descartando "novas caixinhas” ao lado das JVs já existentes.

Como o projeto ainda não está totalmente aprovado, evitou falar sobre expectativa de capacidade de produção e faturamento.

O executivo também confirma o cenário de receita menor em 2023 para o segmento de defensivos, apesar de um maior uso de produtos, em volume. Mas confia que o “ponto de inflexão" está chegando, com expectativa otimista para os próximos anos.

Rogério Castro comenta ainda dos planos de ampliar projetos que ajudem agricultores a ter acesso ao mercado de créditos de carbono.

Confira os principais trechos da entrevista que o CEO da UPL Brasil concedeu ao AgFeed.

Após as dificuldades do primeiro semestre, como avalia o ano 2023 para o setor?
Eu acho que o mercado agro é feito de ciclos e agora estamos fechando um ciclo, na parte baixa. É muito por conta também de tudo o que a gente passou, da pandemia, da crise de energia na China e os problemas de desabastecimento de matérias-primas, que geraram altos custos dos ingredientes e dos intermediários, da produção de defensivos e outros insumos, inclusive fertilizantes.

A situação já está se acomodando?
Agora temos uma crise de super abastecimento e de altos estoques no campo. Então o setor está se acomodando. Eu acho que esse ponto de inflexão está chegando e acredito que o final do ano vai ser um momento mais positivo, tanto para a agricultura na perspectiva da indústria, como na perspectiva do agricultor também, porque ele está num momento que os custos ainda estão relativamente baixos e ele pode se programar bem.

É como ele tem feito, de usar o seu estoque e comprar de forma mais consciente o uso dessa safra e inclusive se abastecer para as próximas safras, que é a safrinha, o algodão, e até muitas vezes, como é prática aqui no Brasil se preparar para comprar a safra 24/25 já. Isso está acontecendo e vai ajudar o mercado a voltar para uma dinâmica mais regular.

No setor de agroquímicos temos ouvido a expectativa de queda nas vendas. É este o cenário para a UPL?
Em valores, a indústria deve cair sim. Ela vem já acumulando uma queda até agosto e em setembro deve continuar assim. Essa queda é muito mais em valores (financeiros), em função dos preços, do que em volume, especificamente.

Os volumes se mantiveram?
Alguns dados já mostram que no primeiro semestre teve um volume de uso previsto um pouquinho maior do que no primeiro semestre do ano passado, na ordem de 13%. É uma pesquisa de mercado. A fonte dessa pesquisa mostra que já tem um uso maior de defensivos no primeiro semestre do ano, porque também teve aumento de área em várias situações e no segundo semestre, se houver também aumento de área, pode ser que também haja aumento de volume de uso dos produtos, mas não de valor.

"No primeiro semestre teve um volume de uso previsto um pouquinho maior do que no primeiro semestre do ano passado, na ordem de 13%"

O ano deve ser inferior em valor ao ano passado, mas numa média entre o ano de 2021, 2022 e o ano de 2023 é possível traçar uma reta com algum crescimento no mercado financeiro, sim. Já o volume cresce para poder atender essa expectativa de crescimento de área de soja e de algodão. Fora o milho, que tem uma expectativa de redução de área, as outras culturas estão com boa perspectiva.

Melhorou a demanda recentemente, assim como está ocorrendo em fertilizantes?
Em volume está mais ou menos parecido com o ano passado e retrasado. Já em valor, como te falei, menor. Chegamos a ficar preocupados com alguma crise de logística, nesse momento de plantio. Por exemplo, agora no Mato Grosso, deu uma uma janela de falta de chuva, então o plantio deu uma parada. Deve voltar nos próximos dez dias e com isso o mercado abastece totalmente a região. Mas a gente ficou bastante preocupado com um blecaute logístico. Por outro lado, o agricultor tinha estoque, a indústria tinha estoque na ponta, as revendas, toda a distribuição tinha estoque na ponta. Então, não estou vendo assim um problema tão grande.

Em 2024, o mercado recupera?
Com certeza, a gente está bem positivo. Não nos patamares do ano passado, que teve essa crise de abastecimento. Deve voltar para uma normalidade, que é alguma coisa entre 2021 e 23. Alguns produtos um pouco mais altos, outros acomodando um pouco mais abaixo. Mas com certeza 2024 vai ser um ano bem positivo.

Mas o tradicional crescimento de dois dígitos no setor ficou para trás?
A UPL sempre cresceu dois dígitos. Até o ano passado, na 22/23 crescemos dois dígitos. Esse ano que a gente deve ter uma retração, 2024 volta.

E que segmentos devem impulsionar o crescimento da indústria a partir de agora?
A indústria (em geral) vai crescer porque tem muita relação com as áreas plantadas. Há o incremento de tecnologia e o manejo vindo de biossoluções junto com os defensivos. Então acho que esse conjunto ajuda a crescer o mercado. Na UPL, em especial, a gente tem um foco estratégico em crescer em produtos inovadores, em produtos sustentáveis e muito disso está ligado aos produtos de biossolução. Não 100%, mas muito disso está ligado a biossoluções ou aos programas que envolvem biossolução mais produtos tradicionais.

Pode explicar melhor?
Por exemplo, os produtos nossos que são inovadores, que foram lançados nos últimos dois, três anos, eles já são responsáveis por nos colocar como primeiro lugar no mercado de inseticidas das principais culturas como soja e milho. Então temos realmente uma resposta muito positiva do mercado a esses produtos. Não são produtos tradicionais, pós-patentes, são produtos inovadores. E junto com a biossolução, ele faz com que a gente tenha o que se chama de crescimento sustentável.

Acho que o agricultor está experimentando também uma visão interessante de que, se ele adota esse programa combinado entre biossolução e produtos tradicionais, ele explora muito mais o potencial produtivo da cultura. Uma soja pode produzir 120, 130 sacos por hectare. Basta você fazer o manejo mais próximo do potencial produtivo possível. E o agricultor tem percebido isso, que cuidando da saúde do solo, da saúde da parte superior da planta, e não só tratando o problema, mas tratando nutricionalmente, você explora muito mais.

E há ganhos de produtividade...
Temos casos que são ganhadores do Cesb (desafio de produtividade da soja), por exemplo, que usaram cinco produtos de bio solução da UPL junto com o programa de defensivos e ganharam primeiro e segundo lugar de áreas irrigadas. O sequeiro, produzindo de 120 a 122 sacas por hectare.

Você tem muito potencial para crescer, que é uma forma também de propagar a sustentabilidade da agricultura. Quanto mais se produz numa mesma unidade de área, mais você está provando que a agricultura brasileira é sustentável do ponto de vista de reduzir a emissão de gases porque a sua área está produzindo muito mais. Você não precisa fazer o uso do solo de uma floresta ou abrir novas áreas, o que causa emissão de gases. Está tudo muito conectado à sustentabilidade.

Como estão os investimentos em biológicos? Devem ocorrer com desenvolvimento interno ou também com aquisições?
Os investimentos em biossolução na UPL são desproporcionais aos investimentos dos produtos tradicionais. Temos investido muito para crescer organicamente, com um investimento interno em todos os recursos, como comunicação, lançamento de produtos, time, pesquisa e desenvolvimento. Na parte inorgânica, temos sido muito ativos em buscar parcerias que possam dar possibilidade para a gente também crescer.

"Grande parte da minha agenda aqui é me dedicar a essa agenda da biossolução, de como fazer isso crescer"

Não estou dizendo especificamente em comprar empresas, mas comprar tecnologias, construir laboratórios, comprar um portfólio de produtos, enfim, temos abertura para todas essas essas iniciativas do ponto de vista inorgânico. E realmente é desproporcional. Grande parte da minha agenda aqui é me dedicar a essa agenda da biossolução, de como fazer isso crescer e tal. E a nossa iniciativa da Bioplanta, que é uma empresa focada em biossoluções.

O que pode contar sobre a Bioplanta?
Esse é um projeto que temos em Lucas do Rio Verde. Construímos uma fábrica lá e devemos fazer uma ampliação dessa fábrica, além da construção de laboratórios de desenvolvimento de biológicos e de formulações de biológicos. Ali a gente faz vários produtos da linha de bio soluções.

Quando vai ocorrer a ampliação?
Estamos estudando e aprovando ainda. Esse projeto deve começar no início do ano que vem. Hoje ela já produz algumas soluções, como a base de algas e a base de micronutrientes. Ela (a unidade) também tem uma linha de produtos de bio solução que a UPL importa e canaliza para lá.

O plano é ampliar em quanto o tamanho?
Essa é uma iniciativa, que é quase que uma greenfield. Ela está começando agora. É uma empresa ainda muito pequenininha. Mas ela vai crescer desproporcionalmente nos próximos anos. Ainda não temos um número específico.

Qual a participação dos biológicos nos negócios da UPL?
Dividimos o nosso negócio em inovadores e biossoluções, juntos. Globalmente, a gente fala que um pouco acima de 30% são produtos inovadores e bio soluções e um pouco abaixo de 70% ainda são produtos tradicionais. No Brasil é um pouco mais do que isso, porque temos bastante inovação. Sairemos destes mais de 30% para 50%, nos próximos três anos, na safra 26/27, mas não é só bio solução, tem os produtos inovadores.

E a Bioplanta é a principal alavanca?
É um dos projetos que vai ajudar nisso. Nós importamos vários produtos também, que são canalizados não só para a Bioplanta, mas também dentro da UPL, junto com a Orígeo, também na Sinagro. Toda a base de clientes da UPL consome esses produtos. A Bioplanta é um braço para poder desenvolver, como eu chamo de desproporcional, para poder focar 100% nisso. Ali na planta não tem defensivos agrícolas, por isso que eles não perdem o foco em outras coisas.

Há outros planos futuros da UPL no Brasil?
A mudança é a desse portfólio. É um foco estratégico estar inserido e ser protagonista nessa mudança da agricultura brasileira, para ela ser percebida como uma agricultura sustentável globalmente. Isso para nós é uma missão também. O Brasil é super sustentável, tem 77% da matriz energética renovável. Por outro lado, embora o Brasil seja o sétimo maior emissor de gases, ele é pequenininho ainda, perto dos grandes. Mas dos gases que são emitidos pelo Brasil, 50% vêm do setor agrícola.

Isso tem peso na imagem do Brasil lá fora, não?
Mudar essa percepção é uma coisa muito importante para nós. Sim, ajudar o produtor a ser protagonista dessa mudança. Fazer uma agricultura sustentável, regenerativa. Isso é um pouco do nosso propósito como empresa. Tudo o que a gente fala aqui, tudo o que a gente desenvolve, está nessa direção. Projetos que a gente investe, como, por exemplo, soja de baixo carbono, junto com a Embrapa, Café de Baixo Carbono, junto com a Embrapa, enfim, tem várias iniciativas que temos feito.

Algum dos projetos está mais adiantado?
O café de baixo carbono é um projeto super legal. Fizemos um trabalho em algumas fazendas com o uso de biossolução, redução de fertilizantes, uso da melhor incorporação da biomassa, porque você não mexe no solo. Para cada quilo de café produzido uma destas fazendas sequestrava 3,5kg de CO2. Então era um café carbono negativo. O resultado veio muito rápido. Isso não significa que todo agricultor e cafeicultor faça isso ou tenha condição de fazer, mas o protocolo mostra que é possível o cafeicultor ir para essa direção.

E a soja de baixo carbono?
Esse é conduzido pela Embrapa Soja, de Londrina, tem sete colaboradores, entre eles a UPL. São duas empresas do setor de defensivos, dois traders, duas cooperativas e uma empresa do setor de sementes. A UPL está super protagonista, participando do conselho. É um projeto relativamente caro porque ele estuda todas as microrregiões do Brasil tentando estabelecer os padrões.

"Para usar menos fertilizantes, você tem que usar alguma coisa natural que proteja a produtividade daquela cultura"

Temos estudado muito também como podemos ajudar na conservação de florestas, tentando aproximar o setor de quem faz a aquisição de créditos de carbono originários de preservação de florestas. É um programa chamado REDD Plus. Nele estamos interagindo com grandes agricultores que têm condições de preservar grandes áreas de floresta e emitir os créditos, colocando isso no mercado internacional. E existe uma iniciativa nossa também de entender como que a gente pode fazer o mesmo desenvolvimento para a conservação do Cerrado brasileiro. Isso é um projeto novo, que estamos começando a estudar.

No evento que a Orígeo (joint venture da UPL e Bunge) promoveu recentemente, ouvi muitos produtores rurais ainda desconfiados sobre a viabilidade econômica e o processo de certificação desta necessária transição para a agricultura de baixo carbono. Como enfrentar isso?
Conservar a floresta é não derrubar a floresta. Sim, legalmente, ninguém está falando de desmatamento ilegal, mas vamos dizer que você tem uma área que legalmente você pudesse desmatar. Ao não desmatar, você está gerando crédito porque você vai proteger aquela floresta. As outras questões vão ser ligadas a agricultura de baixo carbono. Tudo o que você fizer para melhorar. Por exemplo, usar menos fertilizante que no escopo três. A geração de produção de fertilizantes emite muito.

Qual a alternativa?
Para usar menos fertilizantes, você tem que usar alguma coisa natural que proteja a produtividade daquela cultura, por exemplo, usando uma bactéria que mobiliza melhor os macronutrientes e a planta produz mais naquele mesmo hectare, você também vai gerar um coeficiente de menos carbono emitido, mais carbono retido, e isso também vai gerar crédito no futuro, possivelmente.

Não existe esse mercado ainda. Inclusive a agricultura e pecuária ficou fora da regulamentação do setor de carbono no Brasil. Mas o fato é que 50% das emissões de gases do Brasil vem da agricultura, do da mudança do uso do solo, pastagens degradadas, enfim, tudo que foi feito com os solos brasileiros. E isso sem falar de desmatamento ilegal. Não é só mudança de uso. Precisamos criar mecanismos para o agricultor ser protagonista disso, dessa virada do jogo.

O que mais estão prevendo de investimentos?
A UPL sempre investiu desde que está no Brasil, crescendo, nunca reduziu os investimentos, em pesquisa e desenvolvimento, na criação da estação experimental, na aquisição da Arysta que foi um investimento super importante. Depois da aquisição continuamos crescendo, aumentando equipe, depois fizemos aquisição da seedcorp, fez a joint venture com a Bunge para a Orígeo, enfim, temos feito vários investimentos do ponto de vista inorgânico e, todos eles, têm crescido. Sempre têm sido empresas super sustentáveis do ponto de vista financeiro e de crescimento no Brasil. Mais precisamente no ano que vem devemos focar muito na Bioplanta.

No setor de distribuição, em função das dificuldades que concorrentes da Sinagro enfrentaram, por exemplo, mudou a estratégia da UPL?
O nosso sistema de distribuição é dividido em cooperativas, distribuidores e Orígeo que faz a parte de vendas diretas da UPL, são estes três setores. A Sinagro é só uma empresa do setor de distribuição. Nós não investimos em distribuição nos últimos anos, a gente “desinvestiu" porque vendemos parte da Sinagro para a Bunge. Na verdade, nosso movimento foi o contrário da indústria de uma forma geral. A UPL vendeu 33% da Sinagro para a Bunge, que agora é nossa sócia na Sinagro, na Orígeo e na Seedcorp.

A intenção é continuar subindo no ranking das maiores indústrias?
No ano passado ficamos em quarto lugar, na verdade não tem um número oficial no Brasil sobre isso. Este ano estamos trabalhando para crescer, para “ganhar uma casinha" aí neste mercado.

Para finalizar, gostaria de saber se esta relação com a Índia tem sido um diferencial para a UPL no Brasil.
A Índia é um país incrível. Com toda esta dificuldade que o mundo viveu, mesmo com a pandemia, eles continuaram crescendo. Tem uma população gigantesca, com consumo gigantesco, além de serem grandes produtores em várias culturas. Agora estão com açúcar e etanol porque lá também está mudando a questão da bioenergia. É um país incrível do ponto de vista de consumo. E do ponto de vista de fornecimento de insumos para a agricultura também é incrível porque perde-se um pouco a dependência da China.

"Tem sido uma aposta boa para todos os parceiros esta divisão do risco entre China e Índia na questão do abastecimento de insumos agrícolas"

A UPL, por ser indiana, consegue ser parceira dos nossos clientes aqui dando segurança no fornecimento porque quando houve a crise energética da China, gerou toda aquela falta de abastecimento. Naquele momento a Índia sempre esteve presente. Tem sido uma aposta boa para todos os parceiros esta divisão do risco entre China e Índia, na questão do abastecimento de insumos agrícolas.

E eles seguem com planos de manter a presença no Brasil?
Com certeza, olha o número de empresas que eles têm hoje. Eles compraram a DVA, eu era sócio, em 2011. Compraram 51% e nós sócios ficamos com 49%. Em 2014 compraram o restante, porque tinham este direito de opção.

Todos os antigos fundadores da DVA ficaram como executivos. É uma história bonita porque o Vicente Gongora, por exemplo, foi ser o presidente dos Estados Unidos, eu passei a ser o presidente do Brasil e o Carlos Pellicer passou a ser o COO global. Os sócios passaram a ter posições bem relevantes dentro do grupo e estão até hoje. Vicente está hoje como CTO, nos EUA, e Pellicer faz parte do board da UPL Limited.