A agricultura regenerativa se consolidou nos últimos anos como um dos pilares do agronegócio sustentável. Mais do que apenas reduzir os impactos ambientais da produção agrícola, ela propõe restaurar ecossistemas, revitalizar solos e promover a diversidade de culturas – ao mesmo tempo em que garante maior produtividade e rentabilidade para o produtor rural.
A partir dessa premissa, a ORÍGEO, joint venture formada pela Bunge e pela UPL e especializada em soluções agrícolas sustentáveis, e a Bunge, líder global de agronegócio, alimentos e ingredientes, uniram forças para lançar a websérie “Rota Regenerativa – Caminhos que Renovam o Futuro”.
A produção audiovisual, gratuita e disponível no YouTube, propõe um mergulho na transformação que a agricultura regenerativa já vem provocando no campo brasileiro.
Com cinco episódios lançados quinzenalmente, a série aborda diferentes aspectos da agricultura regenerativa, destacando seus impactos positivos e mostrando como sua adoção exige o engajamento de toda a cadeia produtiva, do produtor ao consumidor.
“A agricultura regenerativa vai além de um conceito– é uma verdadeira mudança de mentalidade”, afirma Roberto Marcon, CEO da ORÍGEO. “A transformação do agro começa no solo, mas só se torna realidade com o protagonismo dos produtores rurais.”
Segundo o executivo, a websérie é uma ferramenta essencial para conscientizar, inspirar e promover ações efetivas em prol da agricultura sustentável. “Cada episódio representa uma etapa fundamental dessa jornada, trazendo aprendizados valiosos e um convite à transformação”, diz.
ORÍGEO e Bunge vêm implementando programas robustos de agricultura regenerativa no Brasil. A Bunge já beneficia 345 mil hectares com práticas como plantio direto, culturas de cobertura, uso de bioinsumos e fertilização natural.
“A agricultura do futuro é de baixo carbono”, afirma Pamela Moreira, head de Sustentabilidade da Bunge para a América do Sul.
“Considerando nossa posição central de conectar agricultores a consumidores, entendemos que temos o papel de engajar e instrumentalizar a cadeia, oferecendo ferramentas, meios e conhecimento para apoiar os esforços coletivos na busca por esse objetivo comum.”
A empresa iniciou seu programa em 2023, com um projeto-piloto em 230 mil hectares. Desde então, expandiu suas ações com apoio da ORÍGEO, responsável pela assistência técnica nas fazendas participantes.
Os resultados da iniciativa revelaram que 100% das propriedades já utilizavam o plantio direto, enquanto 46% adotavam culturas de cobertura, 23% usavam bioinsumos e 21% faziam rotação de culturas. “Esses são os pontos que estamos incentivando mais fortemente nessa fase de expansão”, diz Pamela.
A executiva lembra que o programa também oferece planos de ação customizados, baseados no diagnóstico individual de cada propriedade, além de acesso gratuito a ferramentas digitais desenvolvidas pela agtech xFarm Technologies.
Com investimento de US$ 20 milhões, a Bunge pretende ampliar ainda mais a área beneficiada, com foco em culturas como soja, milho, trigo, mamona e canola – todas com potencial para abastecer mercados sustentáveis, como o de biocombustíveis.
“Queremos apoiar agricultores parceiros a aproveitarem as oportunidades desse mercado em expansão, ao mesmo tempo em que ajudamos nossos clientes a cumprirem seus próprios compromissos de sustentabilidade”, diz a executiva.
Essa visão de futuro, compartilhada por todos os elos da cadeia, é justamente o ponto de partida do primeiro episódio da websérie, intitulado “Como Chegamos Até Aqui”.
Nele, os espectadores são convidados a compreender a evolução histórica da agricultura e a perceber como as práticas regenerativas podem representar uma virada de chave para o futuro do setor.
A narrativa inclui o olhar de diferentes atores da cadeia, como instituições, produtores e especialistas, que demonstram, com base em experiências reais, os benefícios da regeneração do solo e das novas práticas agrícolas.
Na sequência, o segundo episódio, “A Cultura da Mamona”, destaca o papel dessa planta como alternativa sustentável e estratégica.
Mais do que uma fonte de óleo, a mamona tem aplicações em biocombustíveis, materiais industriais e até medicamentos, além de contribuir para a saúde do solo e para a diversificação produtiva em áreas agrícolas.
O terceiro episódio, “A Cultura da Canola”, mostra o potencial da planta como cultura capaz de gerar valor econômico e ambiental. Seus usos vão da alimentação à indústria cosmética, passando por soluções energéticas de baixo carbono.
No quarto episódio, “O Legado das Gerações”, o foco recai sobre os protagonistas da agricultura regenerativa: os produtores e suas famílias.
A produção explora o papel da transmissão de conhecimento entre gerações e reforça que regenerar não é apenas cuidar do solo, mas também da água, da biodiversidade e do futuro das comunidades rurais.
Por fim, o episódio “Um Futuro Regenerativo para Todos” encerra a série, convocando todos os elos da cadeia – produtores rurais, empresas e consumidores – a se engajarem em um modelo agrícola que concilie produtividade, sustentabilidade e responsabilidade.
“A urgente necessidade de descarbonização da economia traz novas oportunidades de mercado para soluções menos intensivas em carbono, com enorme potencial para o setor de grãos e oleaginosas”, afirma Pamela. “Junto da ORÍGEO, seguimos numa parceria que escala iniciativas de agricultura regenerativa e que conecta os elos da cadeia produtiva para acelerar essa transformação.”
Ao lançar a websérie, a Bunge e a ORÍGEO apostam no poder da comunicação para ampliar o alcance e o impacto dessa agenda.
“A websérie é uma ferramenta importante para disseminar conhecimento e engajamento sobre o futuro da agricultura”, conclui Roberto Marcon, CEO da ORÍGEO.