Em um ano bastante difícil para os executivos da indústria de agroquímicos, Romeu Stanguerlin tem o que comemorar. Sob seu comando, a filial brasileira da Adama, companhia de origem israelense controlada pela ChemChina, dona da Syngenta – colecionou menções positivas nos últimos balanços divulgados pela empresa em nível global.

“No Brasil , as receitas aumentaram significativamente no terceiro trimestre, resultando em receitas maiores também nos primeiros nove meses em comparação com o ano anterior”, cita o release de resultados do período, divulgado em 29 de outubro passado.

Naquele momento, repetindo um desempenho favorável obtido no período anterior, Stanguerlin já amadurecia e discutia com as lideranças do grupo baseadas em Genebra, na Suíça, a decisão de deixar a casa que frequentou, em várias posições, há 11 anos. Antes, ele já havia atuado por 21 anos na Syngenta.

Nesta sexta-feira, 19 de dezembro, ele oficializou à sua equipe, em uma conferência interna, que optou por encerrar esse ciclo – seu novo destino ainda não foi revelado.

O processo de sucessão do comando da Adama Brasil passa, agora, pela matriz. É de lá, onde exerce suas funções como CCO (Chief Commercial Officer), que Eric Dereudre, acumulará, interinamente, a liderança da subsidiária até que um novo executivo seja nomeado para o posto de CEO local.

“Gostaria de agradecer a trajetória do Romeu, que sempre trouxe confiança, qualidade e o cliente como prioridade”, afirmou Dereudre em um comunicado divulgado a respeito da mudança.

“Isso foi fundamental para fortalecer a presença da Adama no Brasil e a relação com o mercado ao longo dos últimos anos”.

O executivo francês está na companhia desde abril passado, mas, assim como Stanguerlin, é um veterano da indústria de defensivos agrícolas, com passagens em posições de liderança na Corteva e na Dow Agrosciences. Foi também presidente da CropLife Europa e Internacional.

Dereudre esteve no Brasil há cerca de um mês. Juntamente com Stanguerlin ele visitou clientes e conversou com o time da filial na sede brasileira da empresa, em Londrina (PR).

“Ver resultados no campo e sentir o impulso de colegas e parceiros, coincidentemente na mesma semana da COP 30 no Brasil, foi muito animador” escreveu ele em sua página pessoal na rede LinkedIn.

Resumo

  • Romeu Stanguerlin deixa o cargo após 11 anos na empresa e mais de duas décadas no grupo Syngenta; seu próximo passo ainda não foi divulgado.
  • A Adama Brasil registrou crescimento significativo de receitas em 2025, com destaque para o terceiro trimestre
  • Eric Dereudre, CCO global, assume interinamente a liderança da operação brasileira até a escolha de um novo CEO local