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    ARTIGO - O que o pós-COP 30 ensina a quem pretende empreender em agroflorestas no Brasil

    Os SAFs, sistemas agroflorestais, e os instrumentos financeiros verdes aparecem como caminhos concretos para tornar a conservação economicamente sustentável, enquanto os países ainda discutem mecanismos mais robustos de suporte ao setor

    Guilherme Santana

    04/12/2025 12:59

    ARTIGO - O que o pós-COP 30 ensina a quem pretende empreender em agroflorestas no Brasil

    O encerramento da 30° Conferência das Partes (COP30) da Organização das Nações Unidas (ONU), em Belém (PA), deu um empurrão nas discussões sobre como transformar compromissos climáticos em modelos produtivos viáveis.

    Um dos desdobramentos foi o fundo para preservação de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF, na sigla em inglês). Lançado em Belém, o TFFF abocanhou US$ 6,5 bilhões, e apesar da cifra robusta, ela está longe de ser suficiente, porque precisa alcançar US$ 25 bilhões para que a mágica de remunerar países que cuidam de suas áreas verdes seja, de fato, viável. Um desafio gigantesco.

    Nesse contexto de financiamento, sistemas agroflorestais e instrumentos financeiros verdes aparecem como caminhos concretos para tornar a conservação economicamente sustentável. Ou seja, alternativas claras ao TFFF.

    Quer um exemplo? Os sistemas agroflorestais também são conhecidos como SAFs.

    Os SAFs têm ganhado protagonismo por conciliarem produção, conservação e geração de renda. Um exemplo é a produção de mel em uma área agroflorestal no Oeste de São Paulo. O projeto, que vai além da apicultura, “utiliza” a presença das abelhas, intensificando o processo de polinização, melhorando a regeneração natural, fortalecendo a vegetação e contribuindo para a manutenção hídrica.

    Esses impactos, mensuráveis e validados cientificamente, transformam a biodiversidade em um ativo que pode lastrear operações financeiras “verdes”, ou seja, as CPRs Verdes.

    A CPR Verde é um título financeiro usado para remunerar produtores rurais pela geração de serviços ambientais, como preservação de floresta nativa, captura de carbono, proteção da biodiversidade ou manejo sustentável. Diferente da CPR tradicional, que antecipa recursos com base em uma safra agrícola futura, a CPR Verde antecipa recursos com base em um “serviço ecológico futuro”, permitindo que empresas, bancos e investidores financiem a conservação enquanto recebem comprovações técnicas e auditorias do impacto ambiental gerado.

    Na prática, ela cria um mecanismo de mercado no qual manter a floresta em pé passa a ter valor econômico transparente, rastreável e certificado, funcionando como uma ponte entre o agronegócio, a sustentabilidade e o setor financeiro.

    Com base legal e negociado na B3, a bolsa de valores de São Paulo, a CPR Verde, ainda que seja atualmente um instrumento pequeno, mas com potencial de crescimento, é um dos principais mecanismos para financiar esse tipo de iniciativa no Brasil. Por reconhecer atividades de conservação e restauração como ativos financeiros, ela viabiliza a emissão de títulos verdes e outras estruturas de financiamento ambiental.

    A CPR Verde é capaz de estruturar fases de expansão da iniciativa privada, que inclui a emissão de green bonds baseados em indicadores de biodiversidade. Isso cria um ciclo em que a produção agroflorestal sustenta a conservação, e a conservação, por sua vez, sustenta o valor financeiro desses títulos.

    O ato contínuo no uso da CPR Verde é que a agrofloresta em áreas preservadas também oferece uma resposta eficiente para empresas que precisam cumprir suas obrigações de compensação ambiental, enquanto garante a sustentabilidade econômica das propriedades. Ainda assim, o avanço desse setor depende de regras estáveis e segurança jurídica, essenciais para atrair capital em escala.

    Contudo, outro pilar indispensável é o desenvolvimento científico. Centros de tecnologia e inovação florestal, construídos a partir da colaboração entre governo, setor privado, especialistas e comunidades, são fundamentais para gerar dados, metodologias e certificações de alto rigor. Para que funcionem, precisam operar de forma descentralizada, valorizando iniciativas locais e modelos participativos.

    Um bom exemplo é o Forest Stewardship Council (FSC), ou Conselho de Manejo Florestal, em tradução livre. Organização internacional, o FSC certifica produtos de origem florestal, como papel, madeira e derivados, assegurando que tenham sido alvo de manejo responsável.

    Considera-se manejo responsável se a produção se baseou em boas práticas junto ao meio ambiente,  trabalhadores, comunidades locais e manteve a viabilidade econômica da floresta. O selo FSC, entre outras interpretações, garante que a matéria-prima foi obtida de forma sustentável e rastreada.

    A COP30, portanto, reforçou que o futuro da agenda climática passa por unir ciência, produção e finanças. Para o Brasil, isso significa consolidar agroflorestas como base econômica e usar instrumentos como a CPR Verde para transformar biodiversidade em valor mensurável.

    Se conseguir alinhar previsibilidade regulatória, inovação e participação regional, o País tem condições de liderar uma nova economia florestal, onde a floresta preservada é não apenas protegida, mas valorizada e produtiva.

    Guilherme Santana é fundador e CEO da Preservaland, climatech americano-brasileira que opera uma plataforma de compensação ambiental e agroflorestas com objetivo de monetizar a biodiversidade em áreas de floresta.

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