As terras da SLC Agrícola foram avaliadas em R$ 11,59 bilhões este ano, uma valorização de 6% em relação a 2023, de acordo com a consultoria Deloitte.
Os valores foram divulgados nesta sexta-feira pela SLC Agrícola, em comunicado ao mercado, junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). No ano passado as terras foram avaliadas em R$ 10,92 bilhões.
No ano passado, a valorização das terras da companhia foi mais significativa, de 17% em relação a 2022, também de acordo com uma avaliação da consultoria Deloitte.
A área cultivada pela SLC na safra 2023/2024 foi de 651,7 mil hectares, um recuo em relação aos 674,3 mil hectares plantados na temporada anterior.
A empresa informou que o valor atual do hectare médio agricultável é de R$ 57,5 mil, mas ponderou que, neste ano, houve alterações em seu portfólio de terras, resultando em uma redução de 9,5 mil hectares agricultáveis.
O texto diz que a redução ocorreu “devido ao distrato de uma área de terras em função da impossibilidade de registro do imóvel pela empresa”.
Para fins de comparação, desconsiderando os ajustes no portfólio de terra, atingimos uma apreciação de 7%”, disse a SLC no documento.
Listada na bolsa desde 2007, a companhia explica que a taxa de crescimento anual composta pelas mesmas fazendas no portfólio de terras foi de 14,15% no período, com CDI líquido de 7,9% no intervalo, considerando o desconto de 15% do Imposto de Renda.
Após a avaliação patrimonial, o valor líquido dos ativos da SLC Agrícola somou R$ 13,27 bilhões, já descontadas as dívidas da empresa. Com isso, o valor dos ativos ficou em R$ 29,94 por ação. A produtora de commodities acrescenta que as avaliações consideram apenas a terra nua e não considera prédios, instalações, benfeitorias e maquinário.
Além disso, o objetivo da avaliação patrimonial é estabelecer a quantia mais provável pela qual se negociaria “voluntariamente e conscientemente” as terras agrícolas, na data de referência, dentro das condições do mercado vigentes.
A metodologia de avaliação patrimonial utilizada pela Deloitte é amparada nas mais recentes normas e diretrizes da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
No início deste ano, a família Scheffer adquiriu mais de 5% das ações da SLC. Em conversa com o AgFeed, no ano passado, o diretor da empresa Guilherme Scheffer, comentou que as terras da companhia não são bem avaliadas pela “Faria Lima”. Na visão dos empresários de Mato Grosso, as propriedades poderiam valer “mais que o dobro”, se considerados os critérios do mercado real de terras das regiões produtoras.
A SLC acumula queda de mais de 7% no valor de suas ações nos primeiros seis meses de 2024. O valor de mercado da empresa é estimado em R$ 7,78 bilhões.