Com um mix mais favorável ao etanol, a São Martinho encerrou a safra 2024/25 abaixo do esperado.

Em um documento divulgado ao mercado nesta sexta-feira, 27 de dezembro, a empresa informou que completou a temporada com uma moagem de 21,79 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

O número veio 1,7% menor que a projeção da própria companhia e cerca de 5% abaixo do processado na safra 2023/24.

De acordo com a empresa, a menor moagem no período é reflexo de chuvas entre outubro e dezembro de 2024, que diminuíram os dias de moagem. Também há um volume de cana que foi colhido, mas ainda não foi processado, que será moído na temporada 2025/26.

Na safra 2024/25, a companhia produziu 1,3 milhão de toneladas de açúcar e 1 milhão de metros cúbicos de etanol, num mix de 45% e 55%, respectivamente. Os números vieram 0,7% acima do guidance, no adoçante, e 3,9% abaixo da projeção, no caso do biocombustível.

Na temporada 2023/24, o mix ficou em 49% para açúcar e 51% para etanol. A empresa produziu 1,4 milhão de toneladas de açúcar e 948 mil metros cúbicos de etanol.

O ATR, indicador que mede a quantidade de açúcar que pode ser extraída da cana-de-açúcar, ficou na média de 142 quilos por tonelada, e o volume total (3,1 milhões de toneladas) veio 1,8% abaixo do guidance.

No negócio de etanol de milho, a São Martinho ainda mantém o guidance divulgado em novembro. A expectativa é de processar 500 mil toneladas do cereal e produzir 210 mil metros cúbicos do biocombustível e 134 mil toneladas de DDG.

Com isso, a produção total do biocombustível, somando o originado da cana com o do milho, é de quase 1,2 milhão de metros cúbicos de etanol.