Mesmo diante de um mix produtivo com mais etanol que açúcar, a Jalles Machado encerrou a safra 2024/25 reforçando uma tendência açucareira.

A companhia divulgou um comunicado ao mercado nesta noite desta quinta-feira, 26 de dezembro, pontuando que atingiu uma produção de 448 mil toneladas de açúcar (44,6% do mix) e 354 mil metros cúbicos (55,4% do mix) de etanol.

Ao todo, a empresa processou 7,8 mil toneladas de cana-de-açúcar na safra, uma alta de 7,1% frente ao processado na temporada 2023/24. O número veio abaixo do guidance divulgado no início da safra, que projetava 8,2 mil toneladas processadas.

A companhia cultivou 91,5 mil hectares, avanço de 5,9% frente aos 86,4 mil hectares cultivados na outra safra.

A produtividade média (TCH) foi de 84,6 toneladas na temporada 24/25, uma leve alta frente às 84,2 toneladas por hectare no ciclo anterior. O ATR total produzido foi de 1,08 mil toneladas, contra 1,04 mil toneladas da safra 2023/24.

De acordo com a empresa, a inauguração da fábrica de açúcar VHP na Unidade Santa Vitória, junto com “investimentos de aumento no mix de produção de açúcar cristal na Unidade Otávio Lage”, foram fundamentais para o resultado recorde no adoçante.

“Porém dada a data de inauguração, ao ramp-up de produção e a uma matéria-prima com menor ATR, a produção de açúcar não atingiu o guidance 2024/25”, afirmou.

O guidance previa uma produção de 560,3 mil toneladas de açúcar e 336 mil metros cúbicos de etanol. Com essa perspectiva, a empresa atingiria um mix de pouco mais de 50% de produção de açúcar.

Por planta, a Unidade Jalles Machado (UJM) processou 3,2 mil toneladas de cana, 8,5% acima da safra anterior. Na Unidade Otávio Lage, a moagem bateu 2,5 mil toneladas, alta de 11,6% em um ano. Por fim, na Unidade Santa Vitória, o processamento atingiu 2,1 mil toneladas de cana-de-açúcar, em linha com a temporada anterior.

A empresa destacou, no comunicado enviado hoje, que houve um ganho de produtividade medido pelo TCH na UJM, que saltou de 90,1 toneladas por hectare no ciclo anterior para 97,5 toneladas por hectare na safra 2024/25.

“Isso é reflexo da continuidade das boas práticas de manejo, nutrição, irrigação e condições climáticas dentro dos padrões esperados”, afirmou a companhia.