Na sexta-feira, 18 de outubro, o executivo Camilo Buzzi completará três anos no cargo de diretor comercial e de marketing da Brasilprev, braço de previdência privada do Banco do Brasil.

O aniversário de empresa não é o único motivo para se comemorar no escritório. Desde que Buzzi entrou no posto, a companhia anotou um crescimento de 5,6% em sua carteira de clientes, considerando de setembro de 2021 até setembro de 2024.

Hoje, a Brasilprev possui 2,6 milhões de contas e R$ 427 bilhões investidos, o que a torna a maior empresa do setor no Brasil.
Assim como no BB, banco que tem grande exposição financeira e história ao segmento rural, esse avanço na Brasilprev também teve um grande apoio do setor agro.

Segundo Buzzi revelou ao AgFeed, enquanto a carteira cresceu 34% em volume de recursos em três anos, os clientes agro saltaram 19,5% em número e 67,5% em valores investidos, respectivamente.

Hoje, são 115 mil clientes caracterizados como do agronegócio no portfólio, somando cerca de R$ 8,3 bilhões em recursos aportados.

Buzzi explica que, ao chegar na Brasilprev, percebeu que havia muita oportunidade no setor. Ele, que acumulou uma carreira de mais de 30 anos no mercado bancário, já atuou no atacado do Banco do Brasil, cuidando de uma carteira de clientes com faturamento acima de R$ 30 milhões.

Nessa vivência, rodou o País e lidou com muitos clientes agro – fez inclusive parte do conselho de administração da Kepler Weber entre 2020 e 2021.

“A primeira coisa na Brasilprev foi entender como funciona a cabeça do agricultor e suas particularidades”, explica Buzzi.
“Ele não vai fazer um plano de investimento mensal, vai atuar com safras, às vezes com dois aportes por ano. Construímos um plano para enfatizar a função de uma renda voltada para a proteção”, conta.

A grande estratégia da empresa no setor agro foi, segundo o diretor, de mostrar que os riscos estão atrelados ao negócio e, por isso, é importante adotar medidas de segurança. Além da renda, processos de sucessão do negócio também são atrativos usados na companhia.

Para esse avanço visto nos últimos anos, a Brasilprev se utilizou e muito do ecossistema do Banco do Brasil, já conhecido pelo crédito agro e também na área de seguro rural.

“Uma grande vantagem que temos é estarmos alinhados com o maior canal de distribuição, que também entende do agro, que é o BB. O banco é o maior do agronegócio e está muito inserido na cadeia”, afirma o diretor.

De forma periódica, a equipe da Brasilprev treina os funcionários e consultores do BB espalhados pelo País, contou Buzzi.

A empresa também tem reforçado sua atuação nas feiras agropecuárias do País. Nos últimos dois anos, Buzzi e parte da equipe estiveram presentes nas edições da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), Expodireto, de Não Me Toque (RS), Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), Bahia Farm Show, em Luis Eduardo Magalhães (BA) e Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO).

Como em todas elas o Banco do Brasil está presente, Buzzi aproveita para fazer uma agenda com clientes e prospecções, organizando eventos paralelos e jantares em meio a semana do evento.

“A Brasilprev agora é parte integrante do circuito agro do banco e, com essa proximidade, levamos os atributos e benefícios da previdência”.

Dentro da clientela agro da Brasilprev, 81% são homens, o que mostra uma grande oportunidade de crescer entre as produtoras rurais, afirma Camilo Buzzi.

Ele explica que a “mulher do agro”, além de estar cada vez mais presente no setor, seja tocando negócios ou participando da empresa do marido, acaba se mostrando um perfil mais preocupado com questões de segurança.

“Quando fazemos eventos, convidamos o produtor e empresário junto da família e isso tem dado resultado”.

Por idade, ele estima que 46% do público possui entre 41 e 60 anos, 30% acima de 61 anos, 18% entre 26 e 40 e o restante está abaixo de 25 anos. A ideia com esse público mais jovem é mostrar as vantagens de proteger o patrimônio.

De acordo com Buzzi, são produtores que querem se proteger dos riscos de preço e condições climáticas, seja fazendo pecúlio (guardando dinheiro) ou aliando a previdência com uma estratégia tributária. Além disso, pensam em independência financeira, acredita o diretor.

“Vemos uma grande oportunidade de conversar com a mulher do agro e esse público mais jovem. Para nós, em termos de previdência privada, quanto mais cedo o investimento é feito, é melhor lá no futuro”.

Nos públicos acima dos 40 anos – que, segundo Buzzi, já são mais estabilizados financeiramente –, a estratégia está focada na questão da previdência enquanto ferramenta de planejamento familiar, como sucessão.

Por região, 40% do público agro da Brasilprev está na região Sul, 24% no Sudeste, 19% do Centro-Oeste e o restante se divide entre Norte e Nordeste. Para os próximos meses, a empresa deve reforçar a posição no Cerrado, tanto no Mato Grosso quanto em São Paulo e Minas Gerais.