Os produtores e especialistas já falavam, nos últimos meses, em uma queda na produtividade agrícola na safra 2023/2024, especialmente para a soja, por conta das condições climáticas. E nem mesmo uma das maiores empresas do agronegócio brasileiro conseguiu se livrar das consequências.
A SLC Agrícola anunciou nesta segunda-feira, dia 4, uma mudança significativa em seus planos para a safra em andamento.
A companhia vai diminuir em 3,3% a área plantada total, em relação ao que estava projetado no início da safra. Serão pouco mais de 652 mil hectares, ante a intenção inicial de plantar mais de 674 mil hectares.
A redução é de 22 mil hectares a menos, dos quais 16,3 mil hectares serão cortados da cultura de soja. Este corte será totalmente compensado pelo aumento da área de algodão 1ª safra, que terá mais 16,8 mil hectares plantados.
No entanto, as outras culturas mais relevantes para a SLC também sofrerão cortes. O algodão 2ª safra terá quase 15 mil hectares a menos em 23/24. O milho 2ª safra teve uma redução de quase 8 mil hectares.
Segundo a SLC, esta revisão acontece principalmente por conta das chuvas abaixo da média histórica na região do Cerrado brasileiro, além das altas temperaturas. Fatores que impedem o desenvolvimento adequado da soja principalmente no oeste do Mato Grosso, região mais afetada pela seca.
Com isso, a projeção de produtividade de soja pela SLC sofreu uma diminuição de 7,3% em relação à expectativa inicial, de quase 4 toneladas por hectare para 3,6 toneladas por hectare.
No caso do algodão em pluma 1ª safra, a produtividade esperada aumentou em 1,2% ante as estimativas iniciais. No caroço de algodão, o aumento na projeção é de 1,3%. Milho e algodão em pluma 2ª safra não tiveram alteração na produtividade estimada.