O primeiro trimestre de 2025 ainda nem terminou, mas a SLC Agrícola não para de anunciar novidades que demonstram sua disposição de ampliar e reorganizar sua estrutura na área imobiliária rural.
A companhia da família Logemann comunicou na manhã desta sexta-feira, 21 de março, que adquiriu os 47,8% restantes do capital da joint-venture SLC-Mit Empreendimentos Agrícolas, que mantinha com o grupo japonês Mitsui, por R$ 103 milhões.
Com a transação, a empresa gaúcha passa a ter 100% das ações da empresa, que opera e arrenda terras. As informações constam em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
De acordo com a SLC, a área total plantada da SLC-MIT é de 54,8 mil hectares, somando propriedades de 21,7 mil hectares no município São Desidério (BA) – que pertenciam ao Mitsui – e 33,1 mil hectares em Porto dos Gaúchos (MT), fazenda que já era da SLC.
Com a aquisição, a metade da área total – 26,2 mil hectares – passam a fazer parte dos resultados da controladora SLC Agrícola. A operação ainda precisa ser aprovada pelo Cade.
Na semana passada, a companhia já havia anunciado que havia comprado 47,7 mil hectares de duas propriedades que pertenciam à Agrícola Xingu, empresa do Mitsui: a Fazenda Paladino, em São Desidério, de 39,9 mil hectares, e a Fazenda Pamplona, em Unaí (MG), de 7,8 mil hectares. Ambas as propriedades eram arrendadas pela SLC-MIT desde 2021.
O investimento total da companhia gaúcha no negócio foi de R$ 913 milhões, sendo que R$ 723 milhões foram destinados à compra da operação na Bahia e os R$ 190 milhões restantes à propriedade em Minas Gerais.
Há quase um mês, a SLC também já havia anunciado a compra da Sierentz Agro, empresa produtora de soja, milho e algodão nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, que operava 96 mil hectares de propriedades arrendadas no Maranhão, Piauí e Pará. O negócio saiu por US$ 135 milhões.
Também não é a primeira vez que a SLC adquire a fatia de antigos sócios em uma joint-venture.
Em outubro do ano passado, a SLC comprou 18,8% das ações de sua controlada indireta SLC Landco, que pertenciam ao fundo de private equity britânico Valiance e passou a controlar totalmente o negócio, que possuía 86,7 mil hectares.
A companhia gaúcha ainda mantém joint-ventures em propriedades na cidade de Querência (MT) com o Grupo RZK, do empresário José Ricardo Rezek, e a Agro Penido, de Caio Penido, arrendando 11.680 hectares e 36.747 hectares, respectivamente.