A Kellanova anunciou esta semana R$ 360 milhões em investimentos nas linhas de fabricação de mais de 100 produtos da empresa no país até 2026. A companhia possui complexo industrial em São Lourenço do Oeste (SC), onde o aporte, desde 2023, deve somar R$ 610 milhões.
No ano retrasado, a Kellanova anunciou R$ 250 milhões em recursos para expandir a capacidade produtiva dos snacks da marca Pringles no Brasil.
Segundo Víctor Marroquín, presidente da Kellanova para a América Latina, o novo investimento no complexo “reforça o compromisso em impulsionar o crescimento da economia local, além de reforçar o papel estratégico do Brasil para o negócio global”.
De acordo com o governo de Santa Catarina, o investimento se enquadra no Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodetec) de incentivos fiscais.
Pelo Prodetec, até 100% dos investimentos fixos no projeto, exceto terreno e capital de giro, podem ser utilizados para a postergação de até 75% do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) gerado pelo novo investimento.
“Por meio dos investimentos realizados no complexo fabril em São Lourenço do Oeste, contribuímos também para o desenvolvimento do município e do estado. De 2021 a 2026, teremos quintuplicado a arrecadação de ICMS no estado de Santa Catarina”, completa Marroquín.
Segundo o executivo, os investimentos reforçam também o portfólio da companhia no país, composto por sete categorias.
“Ao investir em melhorias de processos, capacidade produtiva, tecnologia e infraestrutura, temos como objetivo impulsionar não apenas o crescimento sustentável do negócio e das nossas marcas, mas também das comunidades em que estamos inseridos”.
Além da Pringles, a Kellanova detém as marcas Sucrilhos, Choco Krispis, Cheez-It, Minueto, Parati, Trink, entre outras.
Desde a aquisição da Parati, em 2016, e do início da produção brasileira de Pringles em 2019, a Kellanova tem reportado crescimento. Somente a produção do snack de batata, por exemplo, quintuplicou o tamanho no mercado brasileiro nos últimos seis anos.
No ano passado, a companhia expandiu a atuação comercial para o Nordeste e ampliou a distribuição snack nos nove estados da região. O município de São Lourenço do Oeste abriga o maior parque industrial da Kellanova na América Latina e um dos três maiores do mundo.
A cidade catarinense tem ainda um dos cinco centros de distribuição Kellanova no Brasil. Os outros são Joinville (SC), Porto Feliz (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Serra (ES). A companhia tem 3.500 funcionários no Brasil.
No ano passado, a empresa, que reportou US$ 13 bilhões em vendas líquidas em 2023, foi adquirida pela Mars, em uma operação de compra de ações que movimentou US$ 35,9 bilhões.