A UPL, gigante global de defensivos agrícolas, acabou de anunciar a compra dos negócios que envolvem o fungicida mancozebe da Corteva.

A transação contempla tudo que envolve esse tipo de fungicida fora da China, Japão, Coreia do Sul e países da União Europeia. Segundo o comunicado global da UPL, o mancozebe é um fungicida protetor altamente eficaz usado para prevenir doenças de plantas em diversas culturas incluindo arroz, soja, trigo, cebola, batata e outros vegetais e frutas.

No Brasil, o defensivo é muito utilizado pelos produtores para o combate a doenças como a ferrugem asiática. Segundo dados do Ibama, o mancozebe foi o quarto ingrediente ativo mais comercializado no País em 2022, com 50,5 mil toneladas vendidas do produto ao longo do ano.

“A aquisição dará à UPL a propriedade da ‘Dithane’, a marca global original de mancozebe que forneceu aos agricultores uma solução confiável de gestão de doenças, bem como acesso à tecnologia ‘Rainshield’, que permite a proteção das culturas em condições de clima úmido”, pontuou a UPL no comunicado oficial.

A UPL afirma ser a líder de mercado nesse tipo de tecnologia, e no comunicado, cita que foi ela que introduziu o mancozebe na produção de soja, em 2014.

Christina Coen, diretora de marketing da UPL Corporation, disse no comunicado que essa aquisição é “um marco significativo para a UPL e para os agricultores, pois fortalece o portfólio de soluções e liderança no mercado de fungicidas multisite".

“Estamos empenhados em expandir a nossa oferta para a gestão de doenças de plantas e em apoiar os agricultores em todo o mundo para alcançar rendimentos agrícolas sustentáveis e melhores resultados de segurança alimentar”, completou.

A aquisição inclui todos os dados, registros e patentes dos produtos mancozebe da Corteva, além da licença para usar a tecnologia Rainshield, mas não contempla as instalações de fabricação e a formulação.

“A aquisição está limitada às formulações individuais de mancozebe da Corteva, com a empresa mantendo a propriedade das formulações de pré-mistura”, explicou a UPL.

O valor da compra não foi divulgado, mas a UPL destacou que o montante deve ser incluído no balanço do primeiro trimestre do ano fiscal 2024/25. A transação ainda está sujeita às aprovações habituais de órgãos reguladores