“Crise? Não vejo isso. Estamos entregando mais adubo e temos uma supersafra”. Natan Oliveira Resende, sócio da GeN Fertilizantes, mantém o otimismo em meio a um dos momentos de maior incerteza do agronegócio nos últimos anos.
O setor em que atua foi sacodido pela guerra entre Ucrânia e Rússia, que interrompeu temporariamente os fluxos internacionais de matérias primas, mas nem isso abalou a confiança em novos investimentos.
“Claro que os preços mudaram e isso balançou o mercado”, afirmou, logo depois de inaugurar, na quinta-feira, 9 de novembro, a mais nova fábrica da empresa, que tem sede em Bom Jesus (GO).
A unidade, na qual investiu R$ 80 milhões, está posicionada em Barcarena, no Pará, junto a um dos principais portos da região Norte.
Em franca expansão, o Porto de Vila do Conde está “em um ponto estratégico para grãos e fertilizantes, com custo logístico competitivo e possibilidade de atender a região Norte do país e o Vale do Araguaia".
A fábrica, que começou a ser construída em agosto 2022, produzirá 400 mil toneladas de fertilizantes por ano, de acordo com a empresa, gerando 300 empregos diretos e indiretos.
O investimento foi feito com capitais da própria companhia. A GeN Fertilizantes começou suas atividades em 2016 e já atua nas regiões Sul, Sudoeste de Goiás, Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Mato Grosso.
“A GeN acredita no mercado brasileiro e sabe do crescimento dele, principalmente aqui no norte do Brasil”, diz Resende. “Este ano o Brasil vai entregar cerca de 44 milhões de toneladas. E pensando na fábrica de Barcarena, vamos conseguir ser mais competitivo para as demandas do Para, Norte de Goiás, Maranhão e Norte do Mato Grosso”.
Segundo o governo paraense, a implantação da fábrica fez parte de um projeto de atração de investimentos para o estado e contou com o apoio da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec).